Exercícios físicos podem diminuir as chances de desenvolver Alzheimer

Entenda como a prática regular de atividade física estimula as funções cognitivas e previne o surgimento da doença de Alzheimer.

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que, ao longo do tempo, compromete a capacidade cognitiva dos pacientes, provocando alterações no comportamento, perda de memória, dificuldades motoras e redução da capacidade de aprendizagem.

O problema afeta, principalmente, pessoas idosas, sendo que as taxas de prevalência apresentam aumento a partir dos 60 anos de idade.

No entanto, de acordo com vários estudos e pesquisas realizados ao longo do tempo, é possível reduzir em até 50% as chances de desenvolver o Alzheimer com a adoção de hábitos saudáveis. Dentre eles está a prática regular de exercícios físicos.

Como os exercícios físicos combatem o Alzheimer?

Isso acontece porque os exercícios têm a capacidade de promover alterações nas estruturas cerebrais, que melhoram as funções cognitivas. 

Além de combater o envelhecimento, a prática regular estimula a produção de enzimas antioxidantes que agem no combate às moléculas que aceleram o envelhecimento das células.

Os exercícios aumentam o fluxo sanguíneo no cérebro, liberam substâncias que promovem a formação de novos neurônios e ainda previnem a formação de placas beta-amilóides, que são as responsáveis pelo desenvolvimento do Alzheimer. 

As chances de desenvolver a doença são 50% menores nas pessoas que praticam atividade física regularmente, em comparação com pessoas sedentárias, mesmo naquelas acima dos 80 anos. É o que diz um estudo recente realizado por uma universidade dos EUA.

A Pesquisa

De acordo com um estudo realizado pelo Departamento de Neurologia da University Medical Center, de Chicago, nos Estados Unidos, a atividade física diária reduz os riscos de Alzheimer em idosos, até mesmo nas pessoas com mais de 80 anos.

A pesquisa reuniu um total de 716 idosos na faixa dos 82 anos de idade, sem qualquer tipo de demência. Foi realizado o acompanhamento dos níveis de atividade física praticada por cada um deles, utilizando um dispositivo chamado actígrafo.

Depois de três meses, 71 pessoas participantes da pesquisa, desenvolveram o mal de Alzheimer, sendo que aqueles que praticaram apenas 10% do total de exercícios recomendados, ficaram duas vezes mais suscetíveis ao surgimento dos sintomas da doença.

Além disso, os pesquisadores ainda descobriram, que não é somente a musculação que contribui nesse processo, mas atividades cotidianas como lavar louça, jogar cartas, cozinhar e até mesmo usar a cadeira de rodas.

Para os estudiosos, os idosos precisam ser estimulados a seguir um estilo de vida ativo, o que inclui a realização de tarefas cotidianas e todo tipo de movimentação.

Recomendações importantes

Para que os exercícios físicos ajudem a prevenir o Alzheimer, é importante levar em consideração três pontos:

  • A intensidade dos exercícios não pode ser tão leve e nem tão pesada, o ideal é que as atividades sejam moderadas e sejam praticadas de 20 a 60 minutos;
  • O que realmente faz diferença é a regularidade, quanto mais frequente for a prática, melhor. Se a pessoa fizer um dia e depois ficar um tempo sem fazer, não serão aproveitados os benefícios de proteção cerebral;
  • A OMS recomenda realizar diferentes exercícios por vez, que estimulem os músculos, o coração, trabalhem a flexibilidade, resistência e equilíbrio. 

A orientação de um profissional de Educação Física ou do Terapeuta ocupacional pode fazer muita diferença nesse processo.

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